quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Um baile de audácia

Vejo beleza naqueles que conseguem se redimir a um impasse, admitem o erro ou a prepotência e buscam um novo caminho para o sucesso. Mas não consigo me conformar com aqueles que veem seus objetivos indo pelo ralo e se conformam com as migalhas que sobraram, ao invés de buscarem força para alcançarem o prato principal, mesmo que só aconteça em uma outra oportunidade. Infelizmente, me deparei com tal situação ao ver um amigo próximo se expondo ao ridículo ao tentar nos convencer - eu e os outros amigos da roda - de que alcançou algo naquela noite, em que só o seu fracasso foi visto, ao invés de tentar se fortalecer. As vezes as cicatrizes de uma batalha são mais belas do que as próprias medalhas de uma nova posição em uma hierarquia.

Não é que não haja conserto, certas coisas simplesmente optam por rejeitar o reparo e preferem permanecer quebradas.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um pouco de maturidade.

"Lembro-me do passado, não com melancolia ou saudade,  mas com a sabedoria da maturidade que me faz projetar no presente aquilo que, sendo belo, não se perdeu" - Lya Luft


Uma das coisas mais difíceis que aprendi ao longo desses anos de vida, foi aprender a - ao menos tentar - deixar de lado o orgulho e com isso, poder analisar o passado com os olhos de um homem que busca conhecimento em suas experiências com sensatez. Saber reconhecer os aspectos positivos de um período que não terminou do jeito que esperava, é um trabalho árduo e que exige um grande nível de maturidade, mas ao selar essas lembranças com uma visão clara e livre de preconceitos, somos recompensados com uma história que foi escrita com um objetivo: nos perdoar dos erros cometidos, esquecer o lado pessoal e saber reconhecer quem ou o que te fez realmente feliz.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

"Cabeça vazia, oficina do diabo"

A cada dia que passa, estou um passo mais próximo da liberdade. Tive a experiência de nadar contra a correnteza e a enfrentar a opinião daqueles que julgam ter sempre a opinião correta das coisas. Aos que me incentivaram a desistir, mostrei-lhes que não é a ideia de normalidade que vai me fazer mudar de caminho, pois essa concepção é passageira, tendenciosa e pura manipulação de outras pessoas que só cultuam o padrão. De agora em diante, são meus princípios que ditarão o meu caminho, pois estes são a única coisa que tende a realmente perdurar pela eternidade, sendo mudados apenas pela experiência e não pela boca do povo. E com isso tudo, aprendi que a pessoa culpada por colocar obstáculos à frente do que eu quero me tornar, sou eu mesmo. Fui eu quem me iludi esse tempo todo, achando que as outras pessoas sabem sempre mais do que eu sobre o que é bom pra mim, quando na verdade a convicção em suas vozes é falsa, e elas estão tão perdidas quanto eu.

sábado, 27 de agosto de 2011

Há males que vem para o bem.

"Self-Improvement is masturbation, self-destruction is the answer" Agora, mais do que nunca eu entendo o que essa citação fabulosa do filme Clube da Luta significa. A frustração pode parecer mais uma daquelas irritações da vida desnecessárias, como insetos em uma madrugada e bolhas no pé, mas a verdade, é que não há arma mais poderosa neste mundo do que a angústia canalizada em poder. Se todas as pessoas utilizassem do foco para usufruir deste recurso que nos foi dado, o ser humano não teria limitações: iriamos evoluir a cada milésimo de segundo, atingiríamos os mais complexos objetivos e seriamos felizes por muito mais tempo. Hoje, eu falhei por mera falta de foco, não dei importância para aquilo que eu estava fazendo e acabei me deixando levar pelo momento, mas em troca, ganhei algo para a vida inteira e que tem uma força incalculável, e tenho certeza que na minha segunda chance e em futuras outras, não cometerei o mesmo erro.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O som e as palavras

Sinto pena daqueles que ao ouvir uma música, se limitam a procurar apenas nas palavras aquilo que  estão querendo escutar. A parte instrumental de uma música é a emoção em sua forma bruta e, infelizmente, são poucos os que conseguem captar e moldar essa forma primitiva de sentimentos em algo que faça sentido. Se o que eu estivesse falando fosse bobagem e/ou um absurdo, não haveria tanta gente que se emociona ao ouvir uma orquestra sinfônica, em que há apenas o sincronismo de pessoas usando de seus instrumentos como veículo para expressarem aquilo que não é possível traduzir em palavras. Na minha opinião, as letras de uma música são como a legenda de um filme: É um mero recurso para facilitar o entendimento de um idioma que você não entende em sua totalidade. Sem a legenda, você vê o filme em sua forma original – a menos se estiver dublado, o que eu nem vou comentar – e entende exatamente o que quiseram te dizer. O mesmo vale para o instrumental de uma música: é o que estão querendo te transmitir, mas sem ser catalizado e facilitado para o seu entendimento. Além de tudo isso, as palavras te limitam a ter somente uma interpretação sobre o fato: É aquilo que está escrito e pronto, no máximo pode haver um significado por trás de todo o contexto, mas no caso do instrumental, a interpretação que você terá sobre aquilo sendo dito, é ilimitado, depende somente do que você está sentindo no momento em que você está escutando.
Escrevi este texto escutando Stream Of Consciousness do Dream Theater, um instrumental de onze minutos e dezesseis segundos. Foi o suficiente para me inspirar a escrever, e tenho certeza que ao ouvir esta música em outro momento sentirei algo totalmente diferente, talvez semelhante, mas nunca igual. Sugiro que escutem algo livre de palavras e que deixem a música falar por si só.

“Sindrome Megalomaníaca”

As vezes é preciso que tudo dê errado e que não saia do jeito que a gente quer,  pra percebermos que nós é que fazemos nossa própria felicidade. Esse fim de semana deu tudo errado pra mim: Eu esperava sair com meus amigos, um deles furou e desencadeou outros fenômenos que impediram os outros de irem comigo, meu time não ganhou de um time considerado fraco de novo, me ligaram falando que a “viagem” do meu feriado não daria mais certo, a menina que sempre fui afim ficou com outro na mesma situação que uma vez no passado ela tinha dito que não ficaria comigo por causa daquela circunstância, entre outras coisas. Mas no final deste domingo, mesmo após todos esses acontecimentos, eu não me sinto triste, talvez muito pelo contrário. Assisti um filme e um documentário inteiro só de pessoas falando “o que é música” por uma hora e quinze minutos,  comi coisas boas e me senti satisfeito com só isso. Tem hora que eu acho que adolescente / “jovens adultos” são muito megalomaníacos, correm atrás de feitos grandiosos demais,  que na verdade não significa muito mais do que um bom almoço somado de um bom filme, e assim acabam se decepcionando dia após dia, por não saberem aproveitar as coisas simples e boas da vida.